19/03/2019 2º Hora dos In-confidentes: “Por que o material e o homem se de-formam?”
Compartilhar

Como os materiais, que quando submetidos a campos de forças e/ou momentos, se deformam, assim também o homem em sociedade é capaz de deformar-se. Para tratar deste assunto, os discentes de graduação em filosofia tiveram a oportunidade de participar, no último sábado, 16 de fevereiro, na FDLM, da segunda edição do projeto “A Hora dos In-confidentes”, que foi marcada pela conferência do professor Rhelman Rossano Urzêdo Queiroz (IFMG/UFOP) sobre a “deformação dos materiais”, e pela comunicação do discente do 3° período, Moisés Galinari, que teve como tema “A deformação do homem em Rousseau”. O professor Dr. Pe. Edvaldo Antonio de Melo, diretor acadêmico da FDLM, também marcou presença, e ao acolher o Prof. Rhelman, destacou a “importância de conhecer esse tema, visto que a região dos inconfidentes está localizada em uma região de metalurgia”.

Em seguida, o prof. Rhelman deu início à conferência falando sobre os componentes que formam a matéria, ou seja, as partículas fundamentais (próton, nêutron, e elétron que formam o átomo) e as forças que agem na natureza dando o “equilíbrio necessário à matéria”. Além disso, foi destacado pelo professor Rhelman, “a importância dos defeitos no material, pois os materiais só se deformam pela movimentação dos defeitos”. Ao contrário, “sem defeitos, seria difícil deformar os materiais o que causaria grandes problemas, por exemplo, para a indústria metalúrgica e automobilística”. Dando prosseguimento, o professor explicou que o material pode deformar-se de forma “elástica e resiliente” (quando sem força, retorna como era antes) e de forma “plástica e tenaz” (quando o material não retorna a como era antes, permanecendo na forma que adquiriu após a transformação).

Em seguida, o discente Moisés Galinari apresentou sua comunicação baseada no filósofo J.-J. Rousseau. Galinari destacou que “o ser humano, não só enquanto matéria, mas na sua forma de agir e de se comportar, ao agrupar com os outros indivíduos, é capaz de se corromper e deformar. Segundo Rousseau, o homem nasce bom e se corrompe na passagem do estado de natureza para o estado de sociedade civil pelo fato que no meio comunitário surge a competitividade, a maldade e a propriedade privada.

Ao término, o prof. Rhelman foi congratulado com um certificado de participação, e os discentes puderam ter seus eventuais questionamentos respondidos pelo conferencista e pelo comunicador, além disso, foi declamado um poema de autoria do discente Pedro Mendes, do 5° período, encerrando o evento com “chave de ouro”.

Texto: Ihudison de Paula Coelho
(1º ano de Filosofia)

Fotos/Revisão: Cássio Patrício, 3º ano de Filosofia,
Moisés Galinari, 2° ano de Filosofia e
Nillo Neto, 1º ano de Filosofia