26/09/2019 7º Hora dos In-confidentes: Um jeito metafísico de ser
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No último sábado, dia 21 de setembro, aconteceu nas dependências da Faculdade Dom Luciano Mendes mais uma edição da “Hora dos In-confidentes”. Na ocasião, a Instituição foi privilegiada com a presença do Dr. Pe. Ibraim Vitor de Oliveira, que atualmente leciona na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), com a conferência: “Todo mineiro é um pouco filósofo. Existe uma ética e uma metafísica do ser mineiro?”. O evento também contou com a presença do diretor acadêmico, o professor Dr. Pe. Edvaldo Antonio de Melo, do coordenador dos Cursos de Extensão da FDLM e diretor da Comunidade da Filosofia, Ms. Pe. Euder Daniane Canuto e com a presença marcante da comunidade acadêmica. Em suas exposições claras e ao mesmo tempo profundas, o conferencista ressaltou que todo mineiro é um pouco filósofo, e que ao mesmo tempo, toda filosofia é metafísica – pois todos os homens por natureza se “esticam” para alcançar o saber. Segundo o professor Ibraim este “esticar” pode ser um dos modos de traduzir o verbo grego ὸρέγονται utilizado por Aristóteles no início da Metafísica. Ibraim também ressaltou que o “trem” é um modo mineiro de entender o τόδε τι aristotélico, ou seja, “qualquer coisa de determinado”. Como explicitado em suas colocações, fazer filosofia não se trata de voar nas nuvens, mas buscar as raízes, ou seja, os princípios que por seu turno, nutrem-se de um procedimento metafísico. “Fazemos filosofia para sair da ignorância”, ratificou o professor Ibraim que explicitou ainda a necessidade de uma radicalidade na busca das origens, pontuando a importância da “Região dos Inconfidentes” para a história e a cultura nacional. Segundo o discente Pedro Henrique Martins, natural de Governador Valadares (MG), tal edição do Espaço Aberto “foi bastante edificante no sentido de que o professor nos mostrou uma Metafísica “encarnada”. Uma forma de falar do que está para além, mas também com a física (palavras do próprio Ibrahim), na vida, na essência do jeito concreto de ser mineiro, aquele jeito conciliador, porém, claro e acolhedor de ser. Do silêncio mineirês que reflete e propõe, com seu modo discreto de ser, uma terceira possibilidade sempre acompanhada com um cafezinho. Das Minas que é uma e que são muitas, que é Gerais da qual fazemos parte.

Colaboração Fotografia e Texto: Pedro Mendes e Cássio Patrício (6º período); Moisés Galinari e Pedro Martins (4º período)