A Comunidade Acadêmica da FDLM se reuniu na manhã de sábado, dia 9 de novembro de 2019, para participar da 9ª edição da Hora dos In-confidentes que contou com a ilustre presença do Prof. Dr. Alex Fernandes Bohrer, professor efetivo do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais). Sua conferência se desenvolveu com a temática “Aleijadinho – um artista no tempo dos Inconfidentes”.
O Escultor mineiro Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, carrega consigo inúmeros detalhes de sua vida pessoal, social e artística que ainda permanecem desconhecidos por um público numeroso. A fim de desmistificar esses conteúdos dúbios, além do material de sua pesquisa, o Prof. Alex fez uso do Livro Antônio Francisco Lisboa- Aleijadinho – biografia escrita por Rodrigo Bretas.
Apesar do contexto social da época não valorizar em nada o trabalho de um sujeito da classe à qual Aleijadinho pertencia, nosso escultor desenvolveu de tal maneira sua arte que conquistou o mundo. Aleijadinho pertencia a uma família de arquitetos (pai, tio) a partir de onde desenvolveu seus dotes artísticos. Ademais, era um homem consciente dos movimentos artísticos europeus, o que lhe permitiu o aperfeiçoamento de sua arte. Nesse ponto específico, Aleijadinho é comparado com Praxiteles, um dos maiores escultores da Grécia Antiga.
As Obras de Aleijadinho têm traços específicos: olhos “achinesados”, sobrancelha e nariz formam um y, queixo bipartido, barba e cabelos ondulados, bigode saindo de dentro do nariz e a boca é sempre feminina. Outra característica é a forma de fazer o tecido, pois é como que um papelão, todo dobrado formando ângulo com vários “v” e “y”, além disso quase sempre a manga é dobrada. Outros traços especificamente seus são o dedo polegar que sempre aparece desvinculado de sua função (no caso de segurar os objetos) e os dedos dos pés que se apresentam de forma mais prolongada.
Aleijadinho é um artista Sacro sempre preocupado com a contribuição de suas Obras para o público religioso. Há um grande número de cidades mineiras que traz na arquitetura e na escultura, traços da arte de Aleijadinho. A título de citação, pode-se mencionar, dentre outras, as cidades de Ouro Preto e Congonhas do Campo. Esta, por sua vez foi pensada para ser “a Jerusalém de Minas”.
Créditos:
Texto – Sandro José, aluno do 4º período de filosofia da FDLM; e João Pedro, aluno do 6º período de filosofia da FDLM;
Foto: Cassio Patrício Barbosa dos Santos, aluno de 6º período de Filosofia da FDLM