Continuando o itinerário de aprofundamento filosófico-teológico, litúrgico e sacro da Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, aconteceu na noite desta quinta-feira, 26 de maio, o segundo dia do Simpósio. Dessa vez, as atividades ocorreram no espaço da Catedral de Mariana.
Desde seu fechamento para as obras de restauração, em 2016, não acontecia nenhum evento para a apresentação do seu processo de restauro. Dessa forma, o colóquio promovido pela Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM), Instituto Teológico São José (ITSJ), Arquidiocese de Mariana e a Catedral marca o retorno da comunidade marianense para dentro do templo — fato que foi ressaltado pelo Diretor Acadêmico da FDLM, Padre Edvaldo Antônio de Melo, em sua fala de acolhida.
Os trabalhos da noite foram iniciados com a conferência “O Barroco Religioso na Catedral de Mariana” ministrada pela professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dra. Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. Ao refletir os elementos artísticos, ela ponderou que é de suma importância estudar a obra nela mesma, pois a teoria não consegue abarcar toda a sua complexidade da obra. Além disso, ela explicou que a Catedral de Mariana apresenta elementos do primeiro e segundo períodos do Barroco em sua composição, tanto dos retábulos, quanto nos elementos da Capela-Mor.
Em sua fala, Myriam ainda ressaltou os aspectos históricos da Igreja Sé de Mariana como o processo que elevou a Capela e Matriz de Nossa Senhora da Conceição à Catedral, sob a proteção de Nossa Senhora da Assunção, e sua organização interna, que sofreu alterações ao longo dos séculos.
Encerrada a conferência, o Coral do Seminário São José executou uma belíssima música que pertence ao acervo do Seminário.
A segunda participação da noite foi da mestra, regente do Coral São José e organista da Sé, Josinéia Godinho. À ocasião, ela proferiu a palestra “O órgão Arp Schnitger e a música na Catedral de Mariana”, momento em que foram destacados os elementos históricos do órgão Arp Schnitger e o seu processo de construção.
Segundo Josinéia, Arp Schnitger construiu o órgão no norte da Alemanha e, inicialmente, foi pensando para uma igreja em Portugal, mas que, posteriormente, foi enviado ao Brasil como presente do Rei para a Catedral, tendo chegado em 1752. Por esse motivo, foi preciso projetar um lugar para acomodá-lo no templo.
Além disso, recordando duas citações do Papa Emérito Bento XVI, Josinéia enfatizou sobre a importância do canto e da música sacra para a elevação ao sagrado.
A última atividade da noite foi a palestra com Arquiteto e Urbanista, Restaurador e Conservador, Arthur Francisco da Silva Coelho. Integrante da equipe da Anima Conservação, Restauração e Artes, empresa responsável pelas obras de restauraçaõ da Catedral de Mariana, em sua fala, ele apresentou o processo de restauro dos elementos artísticos do templo.
Conforme ele, foram realizadas prospecções para identificar as pinturas e imagens que estavam sob muitas camadas de tinta, bem como os trabalhos desenvolvidos no teto da Catedral, desvelando a pintura de Nossa Senhora da Assunção. Além disso, mostrou os trabalhos de restauro feitos no para-vento, nos retábulos e no altar-mor, destacando mais uma vez o período artístico que cada elemento representava.
O Simpósio Filosófico-Teológico segue até esta sexta-feira, 27 de maio. Para conferir a programação completa, CLIQUE AQUI
Texto: Equipe de Comunicação do Simpósio
Fotos: Caio Amora
Veja mais fotos AQUI
Veja também:
Primeiro dia do Simpósio Filosófico-Teológico refletiu sobre os aspectos teológicos da Catedral
Leia a história matéria do Jornal Pastoral sobre a história da música no Seminário AQUI
Fonte: Arquidiocese de Mariana