01/06/2021 A paisagem Inconfidente: Uma história de bilhões de anos
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No último sábado, dia 29 de maio de 2021, aconteceu mais uma edição da “Hora dos In– confidentes”, da Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM), de modo on-line pela plataforma Google Meet. O evento teve como tema “A paisagem inconfidente: Uma história de bilhões de anos”, e foi ministrado pelo geógrafo, prof. Dr. Henrique Amorim Machado, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e contou com a participação dos Professores: Dr. Pe. Edvaldo Antonio de Melo, diretor do curso de filosofia da FDLM, Ms. Pe. Euder Daniane Canuto Monteiro, diretor da Etapa do Discipulado do Seminário São José, Dr. Romualdo Dias da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e dos discentes do curso de filosofia da FDLM.

No início do evento, o coordenador do Curso de Filosofia, Prof. Pe. Edvaldo, acolheu a todos e falou sobre o projeto “A Hora dos In-confidentes”, destacando que o projeto nasceu com o objetivo de estudar os aspectos históricos, culturais, sociais, literários, dentre outros, da região dos Inconfidentes, sob o viés da filosofia. Neste sentido, foi mencionado o evento da Hora dos In-confidentes realizado no dia 22 de maio e que contou com a comunicação do discente João Lucas Ferreira Basílio, graduado em Geografia e atualmente graduando em Filosofia, que proferiu a comunicação intitulada “Filosofia e Paisagem: o ver pelos sentidos”. O discente focou sua fala na seguinte pergunta: o que se entende por paisagem? E fazendo uma espécie de memória afetiva, apresentou os vários sentidos da “paisagem” a partir da dinâmica das fotos de uma paisagem enviadas previamente pelos discentes.

Dando continuidade à temática da Paisagem dos inconfidentes, no dia 29 de maio, a Hora dos In-confidentes contou com uma rica conferência sobre a temática da Geografia na sua relação com a Filosofia. Comemorando também o dia do geógrafo, foi possível percebermos o lugar em que estamos inseridos, não simplesmente conhecendo através das paisagens visuais, mas lembrar e conhecer suas formações geográficas. Conhecer as histórias existentes nestas belas paisagens que vemos, nas quais há milhões de histórias para serem percebidas. Neste sentido, pudemos perceber que a paisagem não é simplesmente uma coisa que ocupa determinado espaço, com variedades de combinações dinâmicas; não é apenas algo natural, a paisagem, segundo o conferencista, é o mundo exterior mediatizado pela experiência do subjetivo dos homens. Portanto, é um modo de ver o mundo, além de ser uma coisa dinâmica, percebidas através das experiências pessoais.

Assim afirmou o discente Vinícius Fabiano Lima Silva, do terceiro período do curso de Filosofia da Faculdade Dom Luciano: “a exposição feita pelo geógrafo referente ao projeto ‘A Hora dos In-confidentes’ do dia de hoje muito me interessou pela dinâmica histórica apreciada no tema. Um dos aspectos que mais cativou a minha atenção se trata da consideração da paisagem como algo subjetivo a quem observa, tomando como exemplo a visão que os inconfidentes tinham sobre a paisagem mineira, atribuindo a ela maior potencial do que aquele observado na paisagem dos colonizadores europeus, por exemplo”.

“A conferência de hoje aguçou os sentidos para percebermos uma paisagem dos Inconfidentes que assume, por meio de suas riquezas naturais, um papel indispensável para a resistência e libertação da exploração viciada. Para mais, a paisagem dos Inconfidentes evidencia o fato de que, o conhecimento parte da contemplação pelo aprofundamento do desdobramento do espírito”, ressalta o discente Pedro Vitor Taciano, do terceiro período.

O discente Ihudison de Paula Coelho, do 5° período, destacou que “participar da conferência ministrada pelo Prof. Dr. Henrique Machado foi uma experiência muito interessante, a qual nos possibilitou conhecer mais sobre o conceito de ‘paisagem’ para a geografia, bem como perceber a riqueza geológica da paisagem presente na região dos Inconfidentes”. Além disso, o discente destaca que a “fala do conferencista em relação à dinâmica pessoal e intransferível da paisagem, em que cada pessoa é capaz de enxergá-la de sua própria maneira, e que essa constitui a materialização da topofilia (ligação afetiva com o lugar), ou mesmo a topofobia (uma relação ruim, de desconforto com o lugar)”.

Texto: Diêgo Souza Almeida, 3ºperíodo e Nillo Neto, 5ºperíodo; Revisão: Carlos Henrique, 5º período;

Foto: Diêgo Souza Almeida.